RESUMO
Objetivo: Descrever as características clínicas dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) por COVID-19 em recém-nascidos (RNs) em 2020 e 2021, no Brasil, registrados no Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe).
Métodos: As variáveis analisadas foram: sexo, raça/cor, hospitalização, internação em unidade de terapia intensiva (UTI), uso de suporte ventilatório, sinais e sintomas (febre, tosse, saturação de O2<95%, dispneia, desconforto respiratório, diarreia e vômitos), evolução (óbito ou cura), fatores de risco/comorbidades. As variáveis categóricas foram apresentadas em frequências absolutas e relativas.
Resultados: Houve 1.649 registros de SRAG por COVID-19 em RNs, com predomínio de pardos nos dois anos. Os sintomas mais frequentes foram, respectivamente, em 2020 e 2021: desconforto respiratório (67,0 e 69,7%), febre (46,3 e 46,2%) e tosse (37,0 e 46,3%). Em 2020, 30,5% dos pacientes receberam suporte ventilatório invasivo, e 41,6% em 2021. Além disso, mais de 55% dos casos precisaram de internação em UTI, e acima de 16% morreram.
Conclusão: Destaca-se a elevada proporção de casos que precisou de cuidados intensivos e que evoluíram para óbito.
Palavras-chave: COVID-19; Síndrome respiratória aguda grave; Recém-nascido; Brasil; Epidemiologia; Saúde pública