Publicado no dia 18 de maio, o parecer trata do uso da cloroquina/hidroxicloroquina (CQ/HCQ) e azitromicina (AZM ) no tratamento de casos leves de infecção pelo novo coronavírus.

O documento faz uma revisão das evidências históricas de pesquisas já realizadas. De acordo com os autores, os “estudos clínicos que sugeriram benefício para uso de CQ/HCQ na COVID-19 apresentam nível baixo/muito baixo de certeza, com alto risco de vieses.” Também alertam para “o aumento de paradas cardíacas com uso de HCQ/AZM numa destas coortes e a observação de prolongamento significativo de QT em outro estudo.”

Os autores NÃO recomendam o uso de cloroquina/hidroxicloroquina, com ou sem azitromicina, para casos confirmados de COVID-19 que apresentem sintomas leves e em fase precoce.

O parecer também se posiciona “contra a elaboração de “kits” de tratamento para COVID-19, sob pena de causar a impressão para médicos e usuários de que há um tratamento de eficácia comprovada, ou mesmo uma cura, desencadeando uma corrida às unidades de saúde.”

O parecer foi elaborado pela Comissão de Infectologistas que assessora a Secretaria de Estado da Saúde do Maranhão. São autores: Ana Cristina Rodrigues Saldanha, Bernardo Bastos Wittlin, Conceição de Maria Pedrozo e Silva de Azevedo, Elza Carolina Cruz Sousa Barros, Eudes Alves Simões Neto, e Mônica Elinor Alves Gama.

Maíra Carvalho

Maíra Carvalho

Consultora de comunicação digital.

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