De acordo com a infectologista Maria dos Remédios Branco, crianças de outras faixas-etárias podem, também, comparecer aos postos de vacinação. “A meta é atingir crianças menores de cinco anos que estejam com o calendário (de vacinação) atrasado, por isso é muito importante a atualização do calendário dessas crianças. Outra questão é a incorporação de vacinas novas, como a da pólio inativada, uma vacina que é mais cara, injetável e mais segura, e a incorporação da vacina chamada ‘pentavalente’, o que diminui o número de injeções que a criança toma”, disse em entrevista ao Imirante na manhã desta quinta-feira (16).
Sobre a vacina inativada contra a poliomielite – injetável –, a infectologista explica que essa é a forma mais segura de vacinação. “A vacina da pólio oral pode provocar a doença. A inativada não. Não há o risco no Brasil. Só há vacinação em função do risco encontrado em outros países, como Afeganistão e Paquistão, que são áreas endêmicas, já que o vírus pode ser reintroduzido no país. Então, não tem sentido o Brasil continuar com a vacinação oral, que tem algum risco, quando, na verdade, o risco da doença foi eliminado no país. O Brasil tinha que entrar, mesmo, com a vacina inativada, que é mais segura”, esclarece.